Sempre nos perguntamos de onde veio "tal" expressão popular ou a origem de alguma palvavra, não é mesmo?
Então, você pode matar a sua curiosidade com o livro "Guia dos Curiosos - Língua Portuguesa", de Marcelo Duarte.
Vamos conferir algumas delas:
A UNIÃO FAZ A FORÇA
Trata-se de abreviação de um texto bíblico: "É fácil quebrar uma vara,
mas é difícil quebrar um feixe de varas". Em latim, a frase é "Vis unita
fortior", traduzida em português para "A união faz a força".
CASA DA MÃE JOANA
A mulher que emprestou seu nome ao surgimento dessa expressão foi Joana I
(1326-82), condessa de Provença e rainha de Nápoles. Em 1347, ela
regulamentou os bordéis de Avignon, onde vivia refugiada.
"Casa-da-mãe-joana" virou então sinônimo de prostíbulo, lugar de
bagunça.
CHORAR AS PITANGAS
Pitanga vem de pyrang, que em tupi quer dizer vermelho. Portanto,a
expressão significa "chorar muito, até o olho ficar vermelho".
CUSPIDO E ESCARRADO
Significa que uma pessoa é muito parecida com outra. A frase original,
no entanto, é "esculpido em carrara", uma alusão à perfeição das
esculturas de Michelangelo, pois carrara, um mármore italiano, era
bastante utilizado por ele. O uso popular foi modificando a frase.
DAR UMA DE JOÃO-SEM-BRAÇO
A expressão é usada para designar as pessoas que escapam de fazer alguma
coisa, dando uma desculpa que não se justifica. De acordo com o
escritor Deonísio da Silva, autor de "A Vida Íntima das Frases", ela
teria vindo da época das guerras civis de Portugal. Os feridos e
aleijados não podiam trabalhar nem voltar à luta. "Simular não ter um ou
os dois braços constitui-se em escusa para fugir ao trabalho e a outras
obrigações. Não demorou e a expressão 'dar uma de João-sem-braço'
migrou para o rico, sutil e complexo reino da metáfora, aplicando-se a
diversas situações em que a pessoas se omite, alegando razão
insustentável".
DO ARCO-DA-VELHA
Coisas do arco-da-velha são coisas inacreditáveis, absurdas.
Arco-da-velha é como é chamado o arco-íris em Portugal, e existem muitas
lendas sobre suas propriedades mágicas. Uma delas é beber a água de um
lugar e devolvê-la em outro - tanto que há quem defenda que
"arco-da-velha" venha de arco da bere ("de beber", em italiano).
SANTO DO PAU OCO
A expressão surgiu no Brasil no século XVIII, em Minas Gerais. Para
escapar dos elevadíssimos impostos cobrados pelo rei de Portugal durante
o auge da mineração, os proprietários de minas e os grandes senhores de
terras da colônia colocavam parte de seus ganhos no interior de imagens
ocas de santos, feitas de madeira. Algumas delas, eram enviadas a
parentes de outras províncias, e até de Portugal, como se fossem
presentes.
Autor: Marcelo Duarte
Editora: Panda Books
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