sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Enfiar a carapuça

Olá pessoal! 
Hoje, vamos conhecer a origem de mais uma expressão popular brasileira.
 
É muito legal conhecer de onde vem e não simplesmente falar por falar. 
Então, vamos lá...





Enfiar a carapuça (por Márcio Cotrim)

A expressão "enfiar a carapuça" é sinônimo de "assumir a culpa", "reconher o erro".  O berço dessa expressão se acha na Idade Média, durante o abominável período da Inquisição.  Nela, os indiciados eram obrigados a vestir trajes ridículos ao comparecer em infames julgamentos.  Além do sambenito, túnica em formato de poncho, precisavam enfiar na cabeça um longo e pontiagudo chapéu, a carapuça, que já era sinal de culpabilidade perante o Santo Ofício.

Carapuça, barrete ou gorro de forma cônica vem do espanhol carepuza, derivado do latim tardio cappa, certo tipo de "casaco com capuz".

Felizmente, esses horrores acabaram.  Mas, nos patíbulos da época, onde eram decapitados os condenados por outros possíveis crimes, o carrasco continuava a se apresentar com medonho capuz.

Nos dias de hoje, de inaudita violência em todo canto, a carapuça ou o capuz é figurinha usada na cabeça dos bandidos, que não querem ser reconhecidos.  Longe vai o tempo em que os alunos indisciplinados ficavam num canto da sala de aula usando a carapuça como castigo e vergonha.  Mas enfiar a carapuça como punição saiu de moda.  Só figurativamente ela é usada, quando se faz menção aos corruptos, sobretudo os de colarinho branco, quando apanhados com a boca na botija.
























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