domingo, 9 de outubro de 2011

Com a macaca.

                     (Por Márcio Cotrim)

A origem da expressão aplicada a pessoas nervosas e estressadas.
Em tempos de crise e tensão à flor da pele com quebradeira dos bancos, catastróficos índices de desemprego, conflitos sangrentos e milhares de mortos, uma expressão que muito se escuta é que as pessoas "estão com a macaca".  Verdade.

Significa que estão possuídas pelo demo - pelo menos, é que o berço da expressão ensina.
Em algumas culturas, palavras tipo "demônio", "capeta" ou "diabo" são sinal de má sorte.

Para atenuá-las, esses vocábulos têm sido substituídos por cão e macaca. Cão no Nordeste e Macaca no Centro-Oeste, aí incluído o interior de Minas Gerais e São Paulo.

A expressão caracteriza a pessoa nervosa, estressada, irritada. Felizmente, porém, esse estado de espírito nunca é permanente. Ainda bem, porque senão a vida se tornaria um inferno.

A propósito, a palavra "inferno" vem do latim infernum, que significa "as profundezas" ou "o mundo inferior". É aceito por várias religiões monoteístas, sobretudo o cristianismo, o islamismo e o judaísmo, e designa o lugar para onde vão os pegadores depois da morte, onde padecerão os piores flagelos por toda a eternidade.  Considerando o tipo de pegadores que vão para o inferno e as suaves alegrias do Paraíso na visão leiga habitual, é conhecido o jocoso comentário do escritor Mark Twain: "Prefiro o céu pelo clima e o inferno pela companhia". 

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